Ela é hoje a jóia rara do poeta

Ela é hoje a jóia rara do poeta
e assim caminho no tempo
no equilíbrio de um fio pesado
na harmonia de instrumento afinado.

Mas eu sei que ela é uma Jóia Rara
têm pés firmes e é uma timoneira
um ornamento e um arco-iris
têm mãos macias e um olhar atraente
um globo de sorriso cativante.

Ela tem a explicação que produz claridade
bem amparada no espaço íntimo
na essência dos oceanos castanhos
e um resplendor de cabelos
caídos sobre os ombros.

Equilibro-me nas palavras forjadas por lâminas
mas adorno sua madeixa com solenidade
assim como em sua cintura uso uma caneta
um sinete um pensamento e um sentimento.

Seu belo rosto foi esculpido por Murillo Kollek
mas do outro lado flui suas telas coloridas
o manuscrito pequeno e o poema na moldura
e uma dedicatória guardada na gaveta.

Observo
e surge imediatamente na praça
a bela moça de óculos
e também de ternura
e um sorriso jovial
e carinhosamente simpática.

Se me descanso exaurido
imediatamente sonho com a Jóia Rara
com uma proteção no tinteiro
enquanto à distância sua retina dilui a ausência
revelando a saudade no peito do Poeta
a taça abundante e a taça restituída
a epístola a palavra
o pequeno poema escrito fielmente
e uma pena
que unicamente decifrasse seu nome em acróstico.

Além disso,
componho sua primavera
em vinte e seis pétalas.

Murillo Kollek
08/04/2009









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