Vampira


Do alto do prédio
gárgulas observam a cidade
humanos e vampiros se cruzam
trocam de olhares desconfiados.

Por entre becos escuros
a vampira espreita suas vítimas
extasiadas em suas diversões
não apercebem sua predadora.

Em passos ligeiros
terremoto silencioso
chicoteia suas vidas.

Ela toda ofegante
sente o aroma do sangue
sua fome está saciada.

Murillo Kollek


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