Eu venho em mil versões de mim!


Eu venho em mil versões de mim!
Não culpo o outrem!
A cada dia o retalho se refaz
Escondendo os pecados!

Talvez esteja apenas perdido!
Por ruas estreitas iluminadas
Pois ando muito mal!
Minha visão está turva
Minhas pernas cerradas ao pó!
Meus pés submergem nas gramas!

Ela não se resolve;
Sofro o sopro!
A vida em cada respiração
Diminui o meu percurso!

Amei minha família, amigos
e acima de tudo Cristo!
O crucifixo ainda está na parede!

O que houve entre os cenários?
A ceia do Senhor está preparada
O teatro vive!

Judas ensaia o último beijo
A morte foi anunciada
Assim como o palhaço também!

Não há nada no oco!
O vazio procura uma saída
Prestei!
Mas a entrada está fechada!

Voem andorinhas!
Os ninhos estão prontos!

José Márcio & Murillo Kollek
12/05/2021

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