Rostos cobertos, vidas obscuras
Máscaras, disfarçam o bem e o mal
Medo, ruas desertas, terror.
A vida não tem valor: a minha, a sua.
Nada a perder...
Violência ao vivo, nada impede...
Receio do protagonismo, cada um por si.
Drogas disfarçam a maldade enraizada
De uma sociedade corrompida,
Na sua origem, respeito perdido.
A morte pede carona, o poder prevalece,
Até onde nada mais restar para sonhar.
Tiro... Tiro pra todo lado
No fogo cruzado
A bala perdida sempre acha um corpo
Sangue espalhado pelo chão
As lágrimas de uma mãe regam as plantas
O remorso de um pai por ser negligente
Funeral em bancas de jornais
As tevês acham sensacional
A violência sempre em audiência
Continuamos reféns de nossos medos.
Murillo Kollek & Olavo Salles
28/01/2022
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